Primeiros moradores
INDÍGENAS
Os primeiros moradores de Estância Velha foram os índios, pertencentes à várias tribos, com destaque para os Tupis-Guaranis e os Kaingangs. Os Tupis-Guaranis, que deram origem aos Charruas e Minuanos, viveram aqui há mais de 900 anos, conforme sítios arqueológicos encontrados em locais como a Toca dos Bugres (Morro dos Fleck) e Morro Agudo.
1788 - LUSOS E LUSO-BRASILEIROS
Em 1788 foi instalada a Real Feitoria do Linho Cânhamo, à margem esquerda do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, com a finalidade de produzir cordames para os navios portugueses. Para produzir matéria-prima para este estabelecimento, promoveu-se um povoamento luso e luso-brasileiro, que espalhou dezenas de fazendas pelas redondezas. Entre elas a Fazenda Boa Vista (Portão), Fazenda Bom Jardim (Ivoti) e Fazenda Estância Velha (Estância Velha).
1822 - AÇORIANOS
Em 1822, nove casais de açorianos chegaram ao Rio Grande do Sul com seus filhos. Eles estabeleceram-se no local hoje conhecido como Rincão dos Ilhéus. Pertenciam às famílias dos Quadros, Picasso, Costa (2), Nunes da Cunha, Espíndola de Bitancur, Silva, Veríssimo, Cunha.
1825 - IMIGRANTES ALEMÃES
A primeira leva de imigrantes alemães chegou ao Rio Grande do Sul em 25 de julho
de 1824. Eles instalaram-se, inicialmente, no local da antiga Feitoria do Linho Cânhamo
e depois foram distribuídos pela região próxima. Em Estância Velha, os primeiros imigrantes
alemães chegaram em 1825 e instalaram-se nas proximidades da Lagoa Lourenço
Torres, na Boa Saúde, em cujas margens residia o vice-capataz Imperial,
José Antonio de Quadros.
Durante os primeiros invernos que passaram aqui, o pouco gado de que dispunham embrenhou-se nas matas. Ao saírem à procura dos animais, os colonos descobriram terras mais férteis e obtiveram licença para escolher terras ao norte do Travessão da Floresta Imperial. Estas terras, até a Lagoa da Boa Saúde, foram medidas e divididas em 26 lotes coloniais, com 77 hectares, e entregues aos colonos alemães.